segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Boca Livre em 2011

Boca Livre inaugurou um novo capítulo na música brasileira. Foi o primeiro grupo a "fazer sucesso" com um disco independente. Isso abre espaço pra muita coisa. Muita reflexão.
Em um tempo em que o disco não vale mais bosta nenhuma, o que significa ser independente? Hoje temos uma série de ferramentas para divulgar novos sons, quando são bons, porque quando são ruins basta ligar a TV. Esse espaço que inaugurei no não tão longe 2010 pretende mostrar à quem possa interessar que ainda existe algo de bom na nossa música e que basta estar atento.
Sou pessimista, não vejo muito futuro pra nós, jovens compositores, mas no entanto não paro de compor e de sofrer. Se vale a pena só o tempo dirá. Bom modo de começar 2011... lamentando.
Voltemos ao Boca Livre. O Boca Livre nasceu em 1979 e de lá pra cá teve várias formações. Minha preferida é com Zé Renato, Maurício Maestro, Fernando Gama e Lourenço Baêta. Essa moçada esteve junto de 1992 a 2000. Moçada da pesada, ótimos cantores e instrumentistas. Compõem e fazem versões que devem fazer chorar seus compositores. O Boca Livre me influenciou e me fez ganhar horas ouvido e reouvindo. O Boca Livre é uma escola e uma boa escolha.
Vou abrir o ano com essa formação do Boca Livre que eu mais gosto, mas para mostrar que toda a história do Boca é digna, vou deixar mais uma com David Tygel no lugar de Fernando Gama. E pra fechar uma composição da rapaziada.
A primeira faixa é "Testamento", de Milton Nascimento e Nelson Angêlo, do disco "Songboca" de 1994.



A segunda é "Titicaca", do iluminado Gilberto Gil, está no disco "Boca Livre" de 1983.



A terceira é "Dança do Ouro", de Zé Renato e Loureço Baêta, do disco "Dançando Pelas Sombras" de 1992.



Que 2011 acolha bem seus compositores...