sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Lado Z de Zé Modesto

Finalmente, depois de vários meses, tenho um tempinho de folga... e vai passar rápido. O violão está olhando para mim e dizendo: termina isso rápido porque eu preciso soar.
Já disse aqui que baixei um disco pela capa, e me dei bem. Aí pra baixo tem um tal de Matheus Aleluia que como diz Lucas Ed: é fodástico.
Agora baixei o disco pelo nome do músico. Zé Modesto é o nome do músico e seu disco chama-se Esteio. Se ler isso, gostar e querer saber quem é Zé Modesto tome muito cuidado pois ao dar uma "golgada" vai aparecer um monte de links sobre Zé Modesto. Aí mora o perigo porque tem um péssimo comediante, à moda Zorra Total e Praça é nossa, com o mesmo nome. Ele poderia chamar-se Bizarro da Silva. Perdoe-me todos os Silvas, inclusive os da minha família, mas o nome coube tão bem...
Vamos ao Zé Modesto que vale a pena. E como vale...
Difícil, para mim, dizer quem é Zé Modesto. Difícil encontra-lo no Youtube e outras redes. Uma pena! Mas com paciência você acha. Começe por aqui: http://www.mpbnet.com.br/musicos/ze.modesto/index.html
Eu não vou falar muito dele, de sua história, para não correr o risco de falar algo errado e para não ficar no estilo "control c control v". Aqui não é lugar para isso.
Vou falar do som, das composições, desse refresco para a crueza da vida. Mas ouça antes essa sua canção na voz de Renato Braz:



Estou com o mestre Ferreira Gullar: "Todo mundo é avançado, moderno. Eu estou cagando para a modernidade".
Eu quero o original, aquilo que vem da origem. E Zé Modesto é isso, original, sóbrio e sensível. Carrega em suas composições um cheiro de coisa antiga. Não há como explicar em palavras o que sinto quando ouço suas composições. Há lugares que as palavras não bastam.
Agradeço aos novos tempos, a tecnologia e a criatividade de quem inventou a pirataria na internet e os milhões de blogs que postam discos de música independente. Caso contrário, não chegaria a esse disco recheado de bons sons, de palavra boa. Espero que ele me perdoe-me, pois eu baixei. É eu baixo mesmo...
Um Que Tenha, você é foda! O disco está todo lá para você baixar:
Para finalizar deixo uma Prece:
Obrigado, Zé Modesto!

Se você quiser saber mais da lucidez de Ferreira Gullar aqui está:



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Boca Livre em 2011

Boca Livre inaugurou um novo capítulo na música brasileira. Foi o primeiro grupo a "fazer sucesso" com um disco independente. Isso abre espaço pra muita coisa. Muita reflexão.
Em um tempo em que o disco não vale mais bosta nenhuma, o que significa ser independente? Hoje temos uma série de ferramentas para divulgar novos sons, quando são bons, porque quando são ruins basta ligar a TV. Esse espaço que inaugurei no não tão longe 2010 pretende mostrar à quem possa interessar que ainda existe algo de bom na nossa música e que basta estar atento.
Sou pessimista, não vejo muito futuro pra nós, jovens compositores, mas no entanto não paro de compor e de sofrer. Se vale a pena só o tempo dirá. Bom modo de começar 2011... lamentando.
Voltemos ao Boca Livre. O Boca Livre nasceu em 1979 e de lá pra cá teve várias formações. Minha preferida é com Zé Renato, Maurício Maestro, Fernando Gama e Lourenço Baêta. Essa moçada esteve junto de 1992 a 2000. Moçada da pesada, ótimos cantores e instrumentistas. Compõem e fazem versões que devem fazer chorar seus compositores. O Boca Livre me influenciou e me fez ganhar horas ouvido e reouvindo. O Boca Livre é uma escola e uma boa escolha.
Vou abrir o ano com essa formação do Boca Livre que eu mais gosto, mas para mostrar que toda a história do Boca é digna, vou deixar mais uma com David Tygel no lugar de Fernando Gama. E pra fechar uma composição da rapaziada.
A primeira faixa é "Testamento", de Milton Nascimento e Nelson Angêlo, do disco "Songboca" de 1994.



A segunda é "Titicaca", do iluminado Gilberto Gil, está no disco "Boca Livre" de 1983.



A terceira é "Dança do Ouro", de Zé Renato e Loureço Baêta, do disco "Dançando Pelas Sombras" de 1992.



Que 2011 acolha bem seus compositores...